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Cap. 100

Ilustração com um fundo com a metade superior em branco e a metade inferior em preto. Na parte inferior, em meio a uma pilha de escombros brancos, surge uma mão vermelha. Ao fundo, no centro, a silhueta de um homem com chapéu e um estrela dourada de xerife no peito estende a mão direita em auxílio.

— Parece que tem alguém ainda com vida aqui. Chamem o xerife. – grita um dos cidadãos de New Heaven que ainda ajudam na tentativa de arrumar o estrago do incêndio no circo.

O xerife se aproxima e logo começa a cavar os destroços: — Jesus! Tirem logo a pessoa daí! Chamem aquele médico aqui!

— Ele foi para Rotten Root com o pessoal do circo. – responde outra pessoa que ajuda a cavar.

O xerife olha profundamente para a pessoa: – Aguente firme. Seja forte. Sua história não acaba ainda aqui.

Um calafrio percorre a espinha de Augustus, que abre os olhos e se senta sobre as cobertas amontoadas.

Entra no quarto o Dr. William: — Parece que você está melhor, rapaz.

Augustus: — Estou?

Doutor: — Sim, depois de três dias desacordado, parece que o veneno da cobra está finalmente saindo todo de você.

Augustus lembra do braço queimando com a mordida da cobra, aliás, as marcas continuam lá, mas tudo fica turvo depois disso. Ele olha ainda zonzo para o médico e pergunta: — Você me salvou?

Doutor: — Não fui eu. Ao que parece, seus amigos levaram você até uma aldeia onde fizeram alguma mágica selvagem e profana que evitou sua morte.

Alguns flashes de imagens, cheiros e vozes pipocam na mente de Augustus, mas ele ainda não está pronto para colocar tudo isso em ordem na cabeça. Não reconhecendo o lugar, ele pergunta:

— Poderia me dizer onde estou?

Doutor: — Rotten Root. Na prefeitura, para ser mais exato. Tenho cuidado do senhor e do prefeito nos últimos dias. Confesso que achei que nenhum dos dois sobreviveria, mas vocês se provaram bastante resistentes.

— Obrigado! – responde Augustus com o que parece ser a coisa certa a dizer.

Dr. William prossegue: — O prefeito ainda está com dificuldades para manter-se acordado por causa das dores. Também tem alucinações, gritando, do nada, sobre o relógio. Aquela coisa está parada há dias.

Augustus: — Talvez ele esteja sentindo falta.

Doutor, concordando parcialmente: — Talvez, mas é mais seguro para todos com aquilo desativado.

O médico se dirige para a porta do quarto: — Dê-me um minuto, por favor, já retorno.
 

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